sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Rosa de Vinic: Uma coisa 'e ler a historia ...

Rosa de Vinic: Uma coisa 'e ler a historia ...: UMA COISA E' LER A HISTORIA...                                 Pintura em acrilica- do imaginario -                 Fatima Abrao...

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Uma coisa 'e ler a historia ...

UMA COISA E' LER A HISTORIA...



                
               Pintura em acrílica- do imaginário -
                Fatima Abrão- 2012. NH-RS. 
               (Acervo da Dra. Anita Lucas de Oliveira)   


Quem não gosta de ler história?
Das de verdade- ou: ao menos que parecem referir-se às realidades vividas... por um povo , um país, num tempo longo já passado ou recente ainda?

Por ela caminhamos com o pensamento
indo ao encontro de sentidos
e identificando coisas comuns
ao nosso caso pessoal pois, 
fica difícil não buscar a identidade nelas...!

Canções e versos se casam em grandes ou corriqueiras versões das histórias ... algumas com vigor de Óperas- que preenchem todo palco de um teatro e combinam grandes artistas e compositores e músicos em obras de dramaturgia e arte que fazem sucesso e consagram a história-:: a tornam épica... especial... com seus parâmetros e interpretações... memoráveis! 

Madame Bouvary, Tosca, Sonho de uma noite de verão,  Aida, Carmina Burana- algumas das consideradas clássicas, que nos ocorrem de passagem.
Sem contar as histórias contemporâneas- algumas levadas de modo mais massivo em novelas como as brasileiras- de TV...consumidas em várias partes do mundo com paixão até!

No centro dos assuntos-: o amor, dito sentimento, despertado entre pessoas- reconfigurando o tradicional conviver de  indivíduos em casais formados entre  homens ou mulheres... alguns tendo ambivalências andróginas.

Ainda que fossem tambem encontradas nas histórias mais antigas - essas configurações surgidas no cenário público contemporâneo- revindicam espaços e luz, mais que em outros tempos, pelo que se conta.

Temas são encenados em termos de poder - e regimes de governo- de onde títulos de ordem monárquica são recolocados distinguindo
as forças existentes  e os fazeres na sociedade.
A a riqueza dos países se revela em suas  moedas, embora, alguns. possam conseguir produzir coisas e ações com menos ou mais valores - numa ginástica de sobe e dece de cotações- esquisita, em que até o grão de milho está implicado !

Ambições de beleza bem remunerada,
de ideias de vendas imbatíveis,
de casamentos divertidos e plenos de realizações familiares, de conquistas de padrões fortes de referência nas artes da guerra - hoje não só das armas efetivas...mas também nos jogos virtuais-
que dispensam o embate frontal...
e nem por isso desconstroem, totalmente, os motivos que os originam ...

Os guerreiros contemporâneos fantasiam-se 
como os das revistas (das " HQs"),
presentificam-se em encontros internacionais,
nos seus congressos  e concursos de suma importância para a futura humanidade...

Quem sabe  serao os mandatários das nações... e embora, ainda muito jovens... estejam de fato treinando suas inteligencias e velocidades
em realidades que acessam diretamente
em conversas uns com os outros-
sobre suas vidas e a de seus povos- independentemente da parte do planeta 
onde se encontrem...

No pendrive-  as estratégias e um sentimento de que estarão contribuindo para a salvação do planeta... 
ou quem sabe... ao menos de sua geração!

Heróis ou super-heróis simplesmente -
mesmo que não tenham portes descomunais
mas sim uma aparência  frágil -
pois nem tomem sol direito,
mal se alimentem e passem despercebidos nas multidões ...quando nos trajes convencionais dos dias!

Os territórios - ou :- os solos das nações... em todos os cantos do mundo- tem donos.

Sempre se ouviu falar, ou leu nas histórias contadas, que os confrontos entre alguns
internamente aos países- 
geraram contendas de proporções
que se estenderam tanto mas, tanto-
a ponto de se identificarem 
como guerras mundiais... umas duas delas
pelo menos!

Por experiências relatadas em histórias...os que sofreram mais nesses momentos - 
não querem nem ouvir falar muito delas
e menos ainda- imaginar 
a possibilidade de que se reeditem!

São as tais histórias escritas
para não serem esquecidas
porem: que tudo que se quer é esquece-las...!

Se fome , frio, abandono, violentações
de todas as ordens,
desterro de suas moradas habituais...
se constituiram nos mais desesperadores
e marcantes registros - 
com ou sem fidelidade 
aos motivos de cada um...
o sobreviver tornado imperioso- 
os fez caminhar pelo mundo e mudarem de pátria!

Talvez - a humanidade tivesse feito todas as tentativas de evitar os confrontos... talvez não!
Nos relatos de reportagens que se lê sobre os milhares de Syrios, Africanos, Palestinos, 
que se deslocam pela fôrça -
numa semelhança aviltada, ainda mais,
por que se acreditou estar
num tempo pós-guerras jamais revisitado... 
nossos olhos que então - vêem -
e não apenas leem a história ...
custam a crer 
naquilo mesmo que estão vendo...!

Não há mais lugar para milhares de pessoas em suas pátrias- alguns decidiram isso - alguns - dentro e fora delas ;
-e essas multidões servirão, honrosamente,
de alimento aos peixes,
naufragando na desesperada fuga pelos mares
como se vê nos noticiários de televisão !

 - E sobre os náufragos desse espetáculo- 
talvez não se escreva outra história:-
a que se contará, dirá
que quizeram o destino a que se lançaram...
apenas isso...
e que ninguém
poderia evitar- tamanha saga coletiva...!

O dia está lindo... é o ano de 2015,
sul maravilha do Brasil, 
país hospitaleiro,
que emprega imensas parcelas
de seus habitantes nordestinos-
deslocando-os
para  o centro do país
em regime de trabalho e vida sub-humanos!

O fazem com seus vizinhos latino americanos também...mas, só porque eles querem; 
aceitam esse destino!

Mas está um lindo dia de inverno ainda... 
e mesmo assim, a primavera, já bateu à porta 
e das janelas, tudo está vestido de flor e cor...

Nossa situação (muito modesta, embora!)  permite que estejamos alimentados e abrigados .
E que  vivamente- possamos consumir livros de literatura ( nas bibliotecas comunitárias); 
nunca antes lidos- por falta de tempo para dedicarmos a eles... uma vez que, todas as nossas leituras, tiveram que ser de nossa especialidade: sociológicas, históricas, políticas, econômicas, demográficas, geopolíticas, pedagógicas, psicanalíticas, éticas e até de fundamentações  filosóficas...

Ossos do ofício!

Ou alguém, sem concentrar esforços na sua preparação profissional, no mundo do trabalho, poderia atravessar uma vida toda-
atuando sem fundamentar seriamente - suas ações?

Percurso atravessado mas, nada de vida ganha; perigos sempre rondam 
e outros trajetos se delineiam
por virtudes ou necessidades...embora,
ali também as exigências de buscas e aprofundamentos se exercitem.

Os encontros com a obras da literatura 
tornaram-se mais amiúdes...

Estranho e assustador tempo esse ...

Nenhuma das histórias é mais envolvente e impactante do que essas que se assiste ...
de verdadeira conversão de vidas-
de todas as idades, 
e variedade de culturas e competências ...
em adubo-
ou, na melhor das hipóteses-
ração animal,
por que a moral da história é
a dos tempos de guerra...
tragédia- 
sem nenhuma perspectiva de salvação,
para milhares dos que
não puderam mais 
desejar permanecer no solo 
de sua mae patria de origem 
e pelos quais 
ninguem se atrave a intervir pois, a primeira vista,
esses movimentos de populacao- 
sejam la' por quais motivos provocados-
ainda nao sao alvo de interesse
dos poderes internacionais...
nem de Paz, nem de misericordia...  
    
  

  

   
  



quarta-feira, 26 de agosto de 2015

idas e vindas

Idas e vindas




                              pintura em acrilica natureza morta do natural-
                                    -detalhe- Fatima Abrao  -NH-Rs-2015
                              
Somos assim:-

galhos possantes 
envergados de flores...
muitas vezes adiantados 
nas estacoes!

Pudera:- tudo hoje  esta'  mais veloz!
Hoje ... nao;  
na verdade de  ha muito ate'!

Costumamos dizer
que  o que menos corre 
galopa...!Ou : voa!!

Perdidos e vagarosos,
 em alguns momentos-
tropegos ...
ainda nos assustamos 
com o desfecho das poesias...!

Tudo era para ser tao romantico...
ou pelo menos- :
romantico, como sempre!

Todas as tentativas
iriam culminar em acertos
e continuidade ...
 como um saudavel desenleio- 
num encontro 
de uma verdade possivel
tornada nossa
para que dela tomassemos conta...
para sempre!

Ou salvo equivocos -
a nos emprestadas
 por um longo tempo .

Verdades...

de existir , de ver, de ouvir, de sentir...

genuinas...

puras e essenciais...

transcendentes...

parecem ser
por vezes...
apenas alugadas...
ou cedidas por um tempo...
como em uma encarnacao
meio a muitas outras...!

Num susto -
sem frio- o inverno acabou...!

o outono ... mal se viu!

A primavera explodiu...

Quem nao registrar ...
nao sair correndo
 e fotografar -
imobilizando um pouco
 essa imagem
ora rosa,
ora lilas,
 ora amarela,
 azul
ou mesmo
muito- mas muito vermelha,
nao tera'  nada para contar...

do ritmo da vida...
as pessoas vao e vem...
entram e saem 
como as flores 
e as cores nas estacoes 

menos ou mais...

num lapso acelerado do tempo
duas flores cairam
de um arranjo 
posto `a mesa...
na esperanca
de que iluminassem nossos dias...

e de que com seu perfume 
nos purificassem o ar...!

cairam.... dos galhos... 
 por seu tempo ter- se definido 
terminado... ali...

ou apenas 
cumprido sua configuracao!

tao belas como misteriosas
assombrosas diria!
pois ligeiro demais 
para nosso pouco talento 
em respirar com elas,
em ver atraves delas..
sentir seus modos...
adivinhar seus movimentos
entender suas falas
de flores mudas...
ainda sem voz e palavras
que as dissessem- uma;
que de outra nos desse revelacoes...

Mudas... 
apenas por ainda
 nao terem sido 
"alfabetizadas"

Caladas-
 por ja terem encerrado
 seus discursos...

No nosso coracao
 sobram 
canais apertados...
estreitos 
e sufocados
de nosso pouco entendimento
de nossa nenhuma compreensao
pelo nada que sabemos

sobre idas e vindas 
das estacoes!



















Cópia de Estudos de figura humana - historia- Fatima M. Abrão-2015